Perâmbula, por Vênus e Belinha
26/08/22
Publicado por Vênus e Belinha
A alcunha de mulher-mosaico deu vida a este conteúdo da poeta Vênus Sunêv, que reúne performance em vídeopoema, ilustrações e colagens.
Escrevo para pedir que me libertem do egoísmo. Quando escrevo acesso tecnologias, escrever também é praticar cortar: palavras, pessoas, eu. Confesso que quando me vi escrevendo pela primeira vez, eu não sabia que seria uma parte tão íntima de mim. Quando minha amiga Bruna me descreveu como "mulher-mosaico", eu pude entender a potência do que trago em meus poemas, que por muitas vezes incomodam, pela realidade dura.
Nos poemas me encontro e, sem muita paciência, pergunto: "Por que tantas mulheres que não sabem da força do sonhar?"
Tento honrar, através das palavras, a cultura que me cerca, citando pessoas que me orgulho de consumir, por admiração, por partilhar da mesma ideia. Porém mesmo sendo uma escrita colagista, sei da originalidade que trago e estudo pra isso. Em vários poemas é possível encontrar Drummond, Beyoncé, Cora Coralina, Conceição Evaristo, e tantos outros.
Eu, mulher mosaico, escrevo por que às vezes a gente vai engolindo o lixo feito fruta doce.
Quem assina:
Vênus Sunêv é escritora, tatuadora, lgbtiq+, colagista, cartomante, estudante autodidata de artes visuais. Trabalha há 10 anos transitando entre as artes com temáticas diretas: Artes Visuais, Perfomances Feministas, Lgbtiq+ e Literários Diagramação de livros, e Perfomances como o Poetry slam. Representante de MG no SLAM BR 2021.
Isabela Alves, a Belinha, é técnica em áudio visual formada pela Oi Kabum, com experiência em criação de roteiros, fotografia, edição e produção de curtas, propagandas e documentários. Atuam em intervenções e manifestações artísticas como apresentadora e Mc e está Sempre em busca de ampliar conhecimentos em comunicação e apaixonada pela área da televisão, vídeo clipe e pela poesia.