O lado que nunca te apresentaram das bibliotecas

21/12/21
Publicado por Daniele Gomez

Um diálogo com o projeto Ler e Ver BH que traz informações valiosas sobre a ocupação das bibliotecas em espaços descentralizados e a produção literária diversa da cena mineira.

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Equipe do projeto Ler e Ver BH durante a gravação do 2° episódio da websérie. Na fotografia, a diretora criativa, Milca Alves está de pé e olha diretamente para a câmera. A compositora, percussionista, cantautora e arte educadora Ana Lages, que está de pé, em frente ao mural grafitado, apresenta o Centro Cultural Urucuia. Lucas Alex e Amanda Dantas, do lado esquerdo da imagem, filmam a cena. Créditos/ Fernanda Rodrigues.

Experiências de liberdade. Laços de boa vizinhança. Território para descobertas e criações. Para muito além de ser somente um depósito de livros, muitas são as faces da biblioteca pública na contemporaneidade. Então, o que uma visita à instituição mais próxima da sua vizinhança te permitiria explorar?

A resposta para essa pergunta estará na "ponta da língua” de quem assistiu (ou ainda vai assistir) Ler e Ver BH, uma websérie concebida pela produtora cultural Milca Alves, de 30 anos, que foi beneficiada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Como o nome sugere, o projeto apresenta bibliotecas públicas municipais, localizadas em diferentes regionais da capital. 

Disponibilizada no YouTube, a primeira temporada tem, ao todo, pouco mais de 2 horas de duração, divididas em cinco episódios temáticos. Os episódios combinam performances poéticas, depoimentos de artistas e articuladores de movimentos culturais e também destacam a produção literária de cinco escritoras mineiras contemporâneas . 

O elenco da websérie é formado por representantes de diferentes nichos da cultura belo-horizontina, convidados a contar a história dos centros culturais onde essas bibliotecas estão e explicar como elas  funcionam. Todo o conteúdo conta com os recursos de interpretação de Libras e legendas em texto. Por esses e outros pontos positivos, Ler e Ver BH é indicada para todos os públicos. 

A seleção dos espaços que protagonizam Ler e Ver BH foi feita com muito critério e cuidado. A capital mineira tem mais de vinte bibliotecas municipais em funcionamento, então as particularidades dos cinco centros culturais escolhidos tiveram peso na curadoria. Isso já fica evidente no primeiro episódio, quando a apresentadora e produtora cultural Laila Pimenta mostra a horta comunitária do Centro Cultural Venda Nova, conquistada pela comunidade com orçamento participativo. A Horta da União, como é batizada, é fruto do desejo em comum da população.  

A websérie permite visitar virtualmente o Centro Cultural Venda Nova, Centro Cultural Urucuia, Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, Centro Cultural Nordeste - Usina de Cultura e o Museu da Moda. Vale muito a pena nos aproximarmos dos livros e das atividades culturais que integram a programação  desses espaços públicos. 

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Performance da poeta marginal Regiane Abelha no 4° episódio do Ler e Ver BH, na Biblioteca da Usina de Cultura. No canto esquerdo da fotografia, Amanda Dantas está atrás de uma câmera filmando Regiane que declama os versos de uma poesia falada. No canto direito da fotografia, Regiane está de pé, com a expressão concentrada. Ela olha diretamente para a câmera e aponta os dedos da mão direita na direção de Amanda. Créditos/Fernanda Rodrigues.

O propósito do projeto é estreitar a relação do público leitor com os espaços de leitura espalhados por Belo Horizonte. Eu quis descobrir as intenções por trás das escolhas criativas da série e fui recebida por Milca Alves, diretora criativa em Ler e Ver BH, que expôs: 

Eu conheci as cinco autoras em processos diferentes, porque quando escrevi o projeto vi o que eu teria e o que eu não teria tão fácil. Eu queria ter autoras mulheres, isso era um fato que já estava estipulado quando escrevi o projeto. Algumas eu já tinha fácil: a Camila Félix, por exemplo, é minha amiga, conheci ela em um projeto. A Olívia Gutierrez também é minha amiga, então estava fácil e aqui do meu ladinho. Só que aí eu fui ver o que elas têm e o que estava faltando — as outras escritoras não poderiam ser iguais a essas. Então, eu tinha que ter cuidado em relação a quantidade de poetas que iria colocar, porque Camila e Olívia são poetas. Eu tinha que tomar cuidado com a quantidade de mulheres brancas que iria colocar, porque as duas são mulheres brancas. 

Esse desejo do projeto foi se dando assim: o que eu tenho, e o que falta ser incluído. A Nívea Sabino veio porque eu conheço o trabalho dela nos saraus e participo muito deles como leitora e espectadora. Então, já tinha visto ela recitando e era importantíssimo tê-la. […] Só que aí tem um buraco: cadê as mulheres que escrevem prosa? Será que as mulheres não estão escrevendo romance? 

A Lavínia fala isso na entrevista dela, é um fato: tem algumas coisas que não caem no colo da gente, temos que dar os pulos para procurar.

Têm coisas que são difíceis de achar e achar mulher escrevendo prosa, publicadas, é muito difícil; sempre falo publicadas porque estamos escrevendo, só não estamos conseguindo publicar. […]

A Marcela Dantes, por exemplo, eu achei no Twitter. Fui lá no Twitter  —  já estava reclamando há mil anos que eu não achava a autora  —  e escrevi: “gente eu preciso de autora, mulher, de Belo Horizonte, que escreva prosa e que esteja publicada.” Ou seja, eu nunca iria achar um recorte tão específico. Implorei: “gente, por favor, retuitem para a gente achar alguém.” Foi aí que duas pessoas indicaram a Marcela Dantes. 

A partir daí, tem um outro trabalho que é achar a Marcela Dantes, comprar o livro dela com o meu dinheiro (porque eu ainda não tinha o dinheiro do projeto) para ler e saber se o que ela escreve se encaixa com meu projeto (porque eu também não vou escolher uma autora que eu não conheço, né?). E aí vem essa busca…

A Lavínia Rocha eu já conhecia, mas tinha me esquecido dela porque ela escreve literatura infanto-juvenil. Durante essa busca eu tive que falar assim: “pô, essas autoras estão muito brancas. Quais são as autoras negras que estão escrevendo?” Cada uma veio de uma coisa que precisava incluir.

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No canto esquerdo da fotografia, a autora Marcela Dantes está sentada lendo um trecho do seu primeiro romance Nem Sinal de Asas (Editora Patuá), finalista do Prêmio Jabuti 2021 e do Prêmio São Paulo de Literatura 2021. Do lado direito da imagem, encontra-se a diretora criativa Milca Alves que escuta a leitura. Elas estão sentadas em cadeiras de couro cinza com encosto alto, uma de frente para a outra, na Biblioteca do Centro Cultural Usina de Cultura. Créditos/ Fernanda Rodrigues.

Há um compromisso ético (e até transgressor) com a valorização da cena artística independente de BH e da Região Metropolitana: além da visibilidade, a equipe do projeto se comprometeu em trazer proporcionalidade, representatividade e em remunerar todas as pessoas envolvidas na produção da série. Neste sentido, a Milca Alves compartilha:

Uma coisa que não fica aparente para quem está assistindo, mas que foi muito importante para mim no processo de produção dessa série, foi me preocupar e cuidar de remunerar toda e qualquer pessoa envolvida nesse projeto. Desde a autora que foi remunerada para estar lá falando sobre o livro dela, até a cinegrafista que foi remunerada para fazer o serviço dela que já era esperado, até o artista que cedeu a música dele para ser trilha sonora também foi remunerado. Isso para mim foi extremamente importante, porque o dinheiro está muito relacionado a quem está consumindo e quase nunca está relacionado a quem está produzindo. […] Isso para mim não cabe! Eu estou consumindo o seu tempo, é seu trabalho… Eu vejo essa produção intelectual que eu estou fazendo e, como eu gosto de falar, estou “sugando” as outras pessoas como um trabalho que precisa ser remunerado. Então, só vou envolver outras pessoas nesse trabalho comigo se eu puder remunerá-las.

Nuances como essa abordada pela proponente, Milca Alves, só reiteram a relevância de políticas públicas para a Economia da Cultura no Brasil. Até porque remunerar artistas em projetos culturais ainda é algo incomum –  principalmente quando se trata das produções artísticas independentes e da assimetria entre o acesso ao fomento à cultura entre grupos, regiões e campos culturais. 

Sem dúvidas, o contexto atual de crise sanitária também contribui para o nosso reconhecimento da amplitude da cultura na contemporaneidade. Quando o isolamento social foi instituído, muitas pessoas perceberam que o consumo da cultura é cotidiano e essencial para a saúde mental da população. Entretanto, nem todo mundo sabe que os orçamentos para a cultura não correspondem às necessidades de trabalhadoras e trabalhadores da cultura que atuam em um país continental como o Brasil.   

 

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João Paiva é poeta marginal, professor, MC e slammer. O campeão do Slam BR (Campeonato Brasileiro de Poesia Falada), em 2014, performou no 4 ° episódio do Ler e Ver BH.  Ele está de pé, cercado pelas prateleiras de livros da Biblioteca do Centro Cultural Urucuia, com uma expressão facial neutra. Créditos/ Fernanda Rodrigues.

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Histórias e trajetórias de leitura em Belo Horizonte e Região Metropolitana

Uma das ações mais significativas em Ler e Ver BH foi apoiar artistas de diferentes campos da cultura mineira e dar muita liberdade de fala aos(as) apresentadores(as), que puderam cruzar suas vivências da cidade com as informações previstas no roteiro. Escutar as experiências do elenco, saber como transitaram pela cidade, inevitavelmente, amplia o nosso próprio repertório sociocultural.

No segundo episódio salienta-se a importância do fomento à cultura e do direito à ocupação dos espaços públicos. Mediante o depoimento da escritora novalimense Nívea Sabino, esse debate se aprofunda em questões de raça, gênero e classe social.

Ao assistir a série, esteja aberto(a) para receber uma dose generosa de profundidade, afinal, Ler e Ver BH é aquele entretenimento que proporciona momentos agradáveis e ao mesmo tempo bem “cabeças”.

Este foi um dos assuntos que conversei com Milca Alves, que nasceu em BH, mas morou em Ribeirão das Neves a maior parte da sua vida. Eu quis entender como a experiência enquanto leitora — e mulher da região metropolitana de BH — influenciou a atuação dela nos projetos culturais que desenvolve no âmbito do incentivo à leitura e ela me disse:

Influencia e muito. Engraçado que você falou da Nívea Sabino – que eu me identifico com ela sobre a questão da ocupação da cidade – mas essa identificação existe também sobre a questão de ser alguém da Grande BH. Eu puxei essa conversa quando a gente fala sobre Nova Lima, para que possamos pensar sobre a ideia de que a gente fala de autoras belo horizontinas, mas elas não são de Belo Horizonte. Nova Lima não é Belo Horizonte, Ribeirão das Neves não é Belo Horizonte, não é mesmo? Porque a gente some, a Região Metropolitana desaparece no meio de Belo Horizonte. E aí, principalmente, quando a gente começa a produzir e ter um produto legal para entregar, Belo Horizonte vai tomando o nome disso. Então, fica parecendo que tudo que está sendo produzido de legal está aqui, apesar de como a Nívea Sabino falou – e eu concordo – Belo Horizonte é onde temos palco, mas a gente está produzindo e criando muito antes disso. Ou seja, eu já era uma pessoa pensante da arte e da cultura muito antes de vir para Belo Horizonte, só que aqui foi o único lugar onde eu consegui verba, espaço, contatos e voz para poder falar.

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Nívea Sabino é poeta-slammer, ativista e educadora social. Autora do livro Interiorana, participa do 2° episódio da websérie Ler e Ver BH. Na imagem, Nívea Sabino e Milca Alves estão  na área externa do Centro Cultural Urucuia, sentadas em cadeiras de couro cinza de encosto alto, uma de frente para a outra. Atrás de Nívea há um mural grafitado. No canto direito da imagem, a intérprete de libras Jane Silva faz a sinalização das falas. Gif/ Reprodução.

Agora, a minha vivência como mulher e como produtora de cultura em Ribeirão das Neves faz diferença em como eu faço o meu trabalho hoje, porque o lugar que estou vendo é diferente da pessoa que aprendeu literatura na academia, por exemplo. Da pessoa que consumiu literatura convivendo com pessoas que compravam livros. Eu parto de um lugar diferente e isso é bom porque, quando eu chego aqui com condições de produzir um conteúdo, eu produzo para uma pessoa parecida comigo. Então, não é para a pessoa mais padrão, não é para a pessoa que tinha dinheiro para pedir um Uber para a Praça da Liberdade para ir à Biblioteca Pública Estadual. É para uma pessoa que só vai conseguir andar um pouquinho depois do trabalho para chegar à Biblioteca que está ali no bairro. Eu acho que é importante pensar em representatividade e, mais importante ainda,  proporcionalidade porque a gente vai ver pessoas diferentes fazendo para pessoas diferentes – é aí que entra a minha experiência como moradora de periferia. 

Eu morei minha vida inteira no bairro Santa Martinha, que é um bairro do ladinho da praça do centro de Neves, numa região periférica que a gente chamava de Vila Hortinha. Eu vim desse espaço, que apesar de ter uma biblioteca municipal e pública no centro de Ribeirão das Neves, que é relativamente perto, tem outras coisas que me atravessam. Tem a condição de quem precisa trabalhar e estudar e, quando chega em casa, não consegue caminhar até uma biblioteca; tem a questão de ser um corpo feminino que se precisar ir à biblioteca a noite e sozinha, não vai dar... e se não tiver condições de ter um carro, ela também não vai. Então tem todos esses atravessamentos que fazem diferença no que eu vou produzir hoje. Estou produzindo pensando nessa pessoa que não vai sair da minha mente, porque ela é o que eu vivi a vida inteira. Eu estou falando da biblioteca pensando nessa pessoa que vai consumir o que está lá. 

Uma influência direta, por exemplo, é quando eu vou fazer esse projeto, falar dessas autoras e sobre os livros delas, mas isso não é o suficiente. Eu preciso ter uma verba para comprar esses livros e deixá-los de graça nas bibliotecas. Não adianta eu falar para os meus – lá do meu bairro, onde eu morei a minha vida inteira – que esse livro é incrível, se eles não vão conseguir comprar. Então é importante para o projeto ter esse livro disponível gratuitamente para essa pessoa poder consumir. Acho que é assim (que a minha trajetória) influencia: ter uma vida diferente, com uma vivência diferente e aí, com seus projetos, na sua vida, você vai agir diferente. Não tem como fugir disso.   

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Gravação do 1° episódio do Ler e Ver BH, no espaço externo do Centro Cultural Venda Nova. Nesse espaço, há muitas árvores, uma cozinha comunitária e um forno para queimar cerâmica. No canto esquerdo da fotografia, Milca Alves e Amanda Dantas gravam e fotografam a apresentadora e produtora cultural Laila Pimenta,  que está no canto direito da fotografia. Laila está de pé, com as mãos unidas e olha para a câmera com expressão sorridente. Créditos/ Fernanda Rodrigues.

Disseminar a história dos pontos de cultura através de pessoas que neles acharam maneiras de interação, de compartilhamento de questões locais, pode transformar as relações de dentro para fora desses equipamentos. E assim, finalmente, a “ficha cai”: apropriar-se das bibliotecas públicas nos implica na construção de conhecimento vivo. Você não só irá beber a informação como também vai transformá-la em conhecimento para a sua comunidade.

À vista dessa realidade, Ler e Ver BH se junta à necessidade de manter e de ampliar ações de incentivo à leitura integradas às atividades sociais, culturais e educacionais  para construir um país de leitores. Na prática, o projeto é uma ferramenta para a construção da cidadania, ou dito de uma outra maneira, é uma política pública de educação e cultura relevante.

Antes de finalizar essa leitura, darei três informações importantes, pois é bem provável que ninguém nunca tenha te colocado a par delas:

1 O acervo das bibliotecas municipais é vinculado – isso significa que é possível pegar emprestado um livro de uma biblioteca distante da sua vizinhança.

2 As bibliotecas municipais evidenciadas na série receberam doações dos livros das autoras convidadas, então  aproveite o pretexto e leia as obras escritas por essas mulheres.

3 Se ainda não conhece os centros culturais e bibliotecas incríveis de BH, essa websérie é definitivamente para você.

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Onde assistir?

Os cinco episódios estão disponíveis no canal do YouTube canal do Ler e Ver. Acompanhe outros conteúdos sobre a websérie pelo Instagram, clicando aqui. Visite a biblioteca mais próxima da sua vizinhança!

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Confira a lista completa das bibliotecas municipais de BH:

  1. Biblioteca Centro Cultural Alto Vera Cruz — Rua Padre Júlio Maria, 1577, Alto Vera Cruz.

  2. Biblioteca Centro Cultural Bairro das Indústrias — Rua dos Industriários, 289, Bairro das Indústrias.

  3. Biblioteca Centro Cultural Jardim Guanabara — Rua João Álvares Cabral, 2777, Jardim Guanabara.

  4. Biblioteca Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira — Avenida Antônio Carlos, 821 — Mercado da Lagoinha.

  5. Biblioteca Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado — Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904, Itapoã.

  6. Biblioteca Centro Cultural Lindeia Regina — Rua Aristolino Basílio de Oliveira, 445, Regina.

  7. Biblioteca Centro Cultural Padre Eustáquio — Rua Jacutinga (antiga Feira Coberta), 550, Padre Eustáquio.

  8. Biblioteca Centro Cultural Pampulha — Rua Expedicionário Paulo de Souza, 185, Urca.

  9. Biblioteca Centro Cultural Salgado Filho — Rua Nova Ponte, 22, Salgado Filho.

  10. Biblioteca Centro Cultural São Bernardo — Rua Edna Quintel, 320, São Bernardo.

  11. Biblioteca Centro Cultural São Geraldo — Av. Silva Alvarenga, 548, São Geraldo.

  12. Biblioteca Centro Cultural Urucuia — Rua W3, 500, Urucuia.

  13. Biblioteca Centro Cultural Vila Fátima — Rua São Miguel Arcanjo, 215, Vila Nossa Senhora de Fátima.

  14. Biblioteca Centro Cultural Vila Santa Maria — Rua Ana Rafael dos Santos, 149, Vila Santa Rita.

  15. Biblioteca Centro Cultural Venda Nova — Rua José Ferreira Santos, 184, Jardim Comerciários

  16. Biblioteca Centro Cultural Vila Marçola — Rua Mangabeira da Serra, 320, Serra.

  17. Biblioteca Centro Cultural Zilah Spósito — Rua Carnaúba, 286, Conjunto Zilah Spósito — Jaqueline.

  18. Centro Cultural Usina de Cultura — Rua Dom Cabral, 765, Bairro Ipiranga.

  19. Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte — Centro de Referência da Juventude — Rua Guaicurus, 50, Centro.

  20. Biblioteca Museu da Moda — Rua da Bahia, 1149, Centro.

  21. Biblioteca Museu Histórico Abílio Barreto — Av. Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim

  22. Biblioteca do MIS Cine Santa Tereza — Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza.

  23. BELA — Biblioteca da Escola Livre de Artes Arena da Cultura (Em fase de implementação) — Av. dos Andradas, 367, 2° and. Sl. 301 a 350, Centro.

Para mais informações acesse o site da Prefeitura de Belo Horizonte.

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Sobre a autora, Daniele Gomez:

Daniele Gomez Créditos Francielle Cota p&b

Escritora, multiartista, produtora cultural e arte-educadora. Bissexual. Feminista anticapitalista. Formada no Bacharelado em Estudos Literários pela FALE/UFMG (2019). Formação complementar em Filosofia na FAFICH/UFMG (2020). Nasceu em Belo Horizonte, mas cresceu na periferia de Santa Luzia. Iniciou sua trajetória como multiartista durante o Ensino Médio, com 16 anos, quando ganhou uma bolsa integral de estudos na escola Palas Atenas. Lá foi incentivada a criar pinturas, poemas, obras audiovisuais, montagem de peças de teatro e música e, sem dúvidas, essa oportunidade transformou os rumos de sua vida a direcionou para o campo cultural e educacional.

Ao longo de doze anos de caminhada, a escrita se tornou sua expressão artística predileta. Poesia e prosa se (con)fundem, muitas vezes, sendo contornadas por outras linguagens como a música e a performance. Enquanto autora-pesquisadora, Daniele investiga a produção de linguagem ética, política e poética.